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quinta-feira, novembro 04, 2004

O vento nas costas

Não te pergunto que recado me trazes.
O vento nas costas é símbolo bastante
Ouço-o trazer-te e levar-te
Indiferente à arte
Nem sequer pergunto por que
É bem o que me fazes.
Chegas e partes.
E o movimento fica retido nessa imobilidade
Incontido porque não se contém
Por isso não chegas nem partes
És o vento nas minhas costas
E eu ouço-o trazer-te e levar-te.
Ouvi-lo é a minha arte.

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