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quarta-feira, novembro 24, 2004

Desculpa

Desculpa
O que dou demais
Livre assim, farto
Em abundâncias
Desculpa
Mas não sei extirpar
Da vida o sonho
E queria poder amar
Em paz
Como as crianças

Desculpa
O que não dou
Que não invento
Oceanos
Se água é tudo
Então sou
Molha-te a linguajar
Mas procura ao
Navegar
Não chapinhar desencantos

Desculpa
Se tenho uma fé
Sem esquadria
Nem tessitura
É que não sei
Caminhar
Sem mundos calcorrear
Que nem cigano sentando
Nómada vício
À cintura

Desculpa
Se todo esse viço
Me eleva ao precipício
Em espirais de
Quero mais
Mas viver é um ofício
Que não pára
Faz comício
Regenera
Solta-me os ais

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