Da janela
disseram-me
que não vinhas ver-me à janela
disseram-me
que não há nem estrada nem passeio
não é rua onde caminho
disseram-me
que quando vinhas ver-me à janela
me olhavas sem olhos
que não ando enquanto caminho
tanto quanto me não vês
quando vens ver-me à janela
e eu caminhando
fazendo rua com os meus passos
sob a janela, tua
eu, por mor dela
fica a paisagem sem nada
dentro dos olhos que trazes para me ver da janela
Sem comentários:
Enviar um comentário