.................OU SEJA, UMA CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA....................................................................................................

quinta-feira, abril 29, 2004

aunque no tengas ganas

Abraça-me
esta noite, que se prolonga o vazio e o poema, quando fala, não preenche o silêncio ensurdecedor da tua ausência.
Sacode-me
o frio, abraça-me como se mergulhasse no turquesa caribeño e me esquecesse do arrepio da pele.
Envolve-me
como se não tivesse corpo e me dissolvesse no tépido do líquido.
Curva-te
sobre mim, como as palmeiras nas dunas da margem se enrolam na brisa quente a simular o teu abraço.
Enche-me
do teu hálito, como o jasmim à noite a libertar incensos do sol que o aqueceu.
Unge-me
com o teu perfume, como o faz a maresia quando encharca a areia.
Acorda
a vontade e simula que me afagas, como quem tem por missão desdobrar-se e aplacar as dores do mundo, tomando-as por suas.
Escorraça
o vazio e o frio e oferta-me paraísos toldados de púrpuras e atapetados de pétalas carnudas.
Abraça-me
esta noite, em carácter de urgência, que será a primeira de muitas últimas em derrames líquidos de mornos turquesa.

quarta-feira, abril 28, 2004

CORPOS - 6

Silicone

O corpo anúncio,
Embalado em papel de seda
Que o natural é coisa que não chega
Fitas festivas, pareos de nativas
Meneios sinuosos, ou másculas investidas
Fat free, soft skin, paraísos em formas light
Tipo cool, que o mundo é em outra parte
Arquitecturas de costureiro, em gazes de nevoeiro
Construções idílicas a lembrar odaliscas
Andróginos nos carros, nas casas, nos cheiros
Compromissos egoístas, bem na capa de revistas
Emersões em espuma zen, de braço dado com o Ken
Que as Barbies já sabem ler, só não sabem como o fazer
Design a pintar contornos, na inutilidade dos corpos
O in em out num segundo, bem na velocidade do mundo

terça-feira, abril 27, 2004

CORPOS - 5

Ópio

O corpo vício, sempre em bulício
No bar, na cama, em comício
Dança a dois, agulha e loucura
No beijo, em desejo, nunca em ternura
No estio, no frio, sempre em cio
Em viagem, alucinante e frágil, mas só de passagem
Lençol de formol , ataque de colesterol
Na gargalhada, na felicidade emprestada
No limiar do tudo, na negação do nada
No beat, no lap, no crunch, no chlep chlep
Na night, no fado, no azar da roulette
Santuário do terço, infinito a qualquer preço
No ter e dever, na incapacidade do ser

CORPOS - 4

Vaso

O corpo enfermo, que envelhece
Pasto de doenças, apodrece
Proliferação de cãs
Pioneiros no ocaso
Dessincronias ferozes
Galopando o tempo, velozes
Fragmentos a lembrar o puzzle
No pó do barro, a marca do vaso
Cumprido o tempo, acabado o prazo
O relógio que avança, sem atraso
Resquícios inteiros na fachada
Da arquitectura em derrocada

segunda-feira, abril 26, 2004

CORPOS - 3

Soldado

O corpo de serviço, carne para canhão
- engodo
Aprumos de farda, ballet de batalha
Mais um de entre mil, no redil
- logro
E no antro civil, se aguarda
Marchando sem cravos, cumprindo outros fados
Serviço imposto, não seu compromisso
Não sua a insígnia espetada no peito
Não sua a bandeira, nem bota, nem arma
A pólvora no rosto, as balas no riso
Levam-lhe o corpo, que abana, chocalha
Silêncio, que o vento
Em sofrimento se cala
Empasta-lhe o sangue, que gela, que pára
Sua a lembrança
Não o orgulho, nenhuma a esperança
De voltar um dia, vencida a agonia
Esquecidos os corpos, nus, rasgados, mortos
Ceifou-se uma vida, num clique, num ápice!
Que a pátria o lamente, as honras lhe empreste
Se limpe seu nome com lágrimas na lápide

O corpo é quem parte - invólucro, descarte
A memória renega, soldado, entregar-te!

CORPOS - 2

Hálito

O corpo instrumento
De línguas em esperanto
Veículo de linguagens
Tradutor de imagens
Guia a soldo a acompanhar viagens
O ar em movimento
Vibra nas cordas o canto
Decide na fala
O pensamento que exala
O ar que circula
Em vaivém etéreo
Devolve o mistério
Alheio à vontade
Esquecido da arte
Insufla de vida
Retarda quem parte
A alma sentada, descansa em esplanada
Observando-lhe a carne - sem apetite que a salve!

CORPOS - 1

Algemas

O corpo sem alma, enfarta!
Os olhos sem vida, sem viço
empurram para o precipício
algemam ao breu, ao frio
albergam apenas vazio.
Os nervos aniquilados
por beijos presos nas bocas
mãos sem carícia, só cio
como teclas num corrupio
tocadas em concerto de loucos!
Longe, o sentir que define
o ser mais alto, sublime!
Desejo amputado, partido, rasgado
trucidado na ponta do prego
transforma o sonho em inferno!
Esgar amargo, que oprime
mancha a verdade, suprime!
Sem que a criança, a sorrir
brincando lesta em porvir
desenhe Baco a dormir
e no gesto livre o redima.

sexta-feira, abril 23, 2004

represa

dormência em limbo
nirvana
presa no zipper da pálpebra
demência que vem
profana
rouba os gritos à alma
o corpo imóvel
em ondas
cúmplice
- a marulhar silêncios

demência em dormência
que se prorroga
na represa do leito
- a pôr-me à prova

quinta-feira, abril 22, 2004

Na tua retina

Olha-me com tudo o que dei
Consegues?
Vês-me sem ti aos ombros - referes
Mira-me para lá do espelho
Desembaraça os fios ao novelo
Na retina dos teus olhos apenas me vejo metade
Apenas os voos, a arte
Apenas os sonhos - amar-te
Reténs somente o que deixo
O que solto abaixo do queixo
O ninho da cegonha eu tapo
O voo da garça destrato
Ver-me inteira na tua retina
Seria regressar à menina
Oferecer-me em altar de Baco
Fingindo que não me importo
Que o sofrimento aborto
Que só sei ficar - já não parto!

terça-feira, abril 20, 2004

20.04.2004

dia.bom.diabom

na gaguez da repetição
no juizado da reflexão
redondo ao quadrado
múltiplo de si próprio
exacerbado
em espaço infinito
equidistante no paralelo
binómio no contínuo sem pausas
aos pares - como as aves com asas

segunda-feira, abril 19, 2004

Garraiada

Sem arena, sem barreiras
Largada desenfreada
Rompe o peito em disparada
Massa humana desembestada
Sem resguardo de fronteiras
Ulula, proclama - já arde, inflama
Corre em rajada - o tudo ou o nada
Lambe as bancadas - são já fogueiras
E soa a trombeta na boca da sorte
Em tormento andarás até ao derrote
Mistura-se o sangue quente em papoulas
As chocas ladeiam - pardas lantejoulas
Ébrios requebros, demência em manada
Olés e vivas - aguardam estocada
Aficións improvisadas
Adrenalinas, mas mal filtradas
Cegas pela luz, pelo movimento
Aclamam sangue, horror, tormento!
Investe no alvo, focado em cegueira
Como o instinto do escorpião no touro
Que não sabe o que o move
Não vê o que o consome
E na fogueira deita fogo
Pelo impulso, pelo momento
Diz-se livre, solto - do vento
Guerreiro, peão
Frágil, portento
Mas sua natureza depressa o devolve
Onde o ballet
Onde o bolero
O pasodoble do vem cá que eu quero?
Onde a arte, o fundir na dança
A lide redonda dos corpos em graça?
Frenesim do desespero
O sol queimando, o pó nas gargantas
Mas a festa?
Essa o envolve
Essa o liberta e consome
Essa, que dure até às tantas!

Anti-clímax platónico

Sangue e nervos
Carne e medos
Palavras que bastam
E nem na rima se desgastam

Dizem que o amor se alimenta de amor
E de carne!
Que também ele arde!...

Estou aqui

Em estado de graça
Seja por ti?
Que seja
Vem, me enlaça
Estou aqui, nunca fugi
Apenas o tempo por mim perpassa
Ainda que os poemas me vigies
Mesmo que as palavras me elogies
És tu quem não fica
És tu quem não sabe
És tu quem passa
Quero o peito cheio, feito taça!
A derramar, a transbordar
A revolver a aridez
A voar, feito garça!

domingo, abril 18, 2004

O tempo

O tempo enovelado
Sem ponta de princípio nem passado
Só chegada
Despenteado
Sem banho tomado
Em sóis e luas emaranhado

Movimento que se adivinha
Se recria solto
Ou suspenso, gavinha
Liberto sempre
Sempre veloz
Na quietude
Ao meu lado

sexta-feira, abril 16, 2004

De trás para a frente

Em directo
sobre o momento
poiso as garras e grito ao vento
encandeada pelos flashes
pela babel
pelo tropel do desalento
Herança que iço em haste
recobro o grito:
vocifero
que baste!
Ah, veia que te dilatas
corres veloz
já me maltratas
Onde houver o grito
eu estou
Onde houver a prece
eu vou
Pudesse eu pegar-te
sossegar-te
dar-te tudo em forma de arte!
Não teria sido vão o momento
não teria a esperança partido cedo
não teria sido debalde amar-te!

quinta-feira, abril 15, 2004

CONDENADA A SER LIVRE

Salinei desertos de culto
Areei oceanos em luto
E rasguei farrapos de céu - que é o mesmo
Do sonho enxuto um recado p'ra dependurar em toldo
- Tragam-me um vento arguto e manhãs grávidas de tudo
Me saiba a mosto a farta seiva
Do mar que aqui longe já não me banha
Corro a untar-me de óleos de guerra
P'ra escorraçar ociosos os tempos de espera
Fujo correndo
E já só fico onde longe chego

lábio inferior

ao iceberg parto-lhe lascas
mas das azuis
e coloro com esse gelo o gin do meu desespero
visto o negro
não como o usam as mulheres dos pescadores
mas as amantes!
- adivinhando a chegada dos barcos, farejando-lhes as artes
porque eu
eu vivo sentada
mas no lábio inferior
conheço os cheiros do mar
sei qual o seu sabor

Teu colo

Fora de controlo
Necessidade urgente de colo
Não de colos - do teu colo
Fogo fátuo, chama que se espalha e que mata
Riscar de fósforo imediata, que nasce na cabeça e logo alastra
Estocada em palavras - nefastas, vagabundas, elásticas
Espreguiçar dentro de corpos, alastrar p'ra lá dos portos
Ritmo espacial - que faz mal - já não me queixo
Vai e vem, vem e vai, demora-te - que eu deixo
Boca aberta, suor que liberta
Rodopio de baloiço, sentimento em alvoroço
Imersão morna que logo se transforma
Em estrépito de golfadas - correr em rajadas
Disparada em galope, a rasgar esplanadas
Dá-me a mão, não peças nada
Sou poalha que se esvai - sou quase nada
Fragmentos dispersos, gemidos soltos nos teus convexos
Endemoninhados em tropel no pó da estrada

quarta-feira, abril 14, 2004

Thálassa! Thálassa!

O
o
.
soltei-te thálassa
deixei as tuas mãos-água
percorrer...
escorrer...
O
o
.
até me submergir a alma
estou anémona... alga
sou limo
a escorrer...
O
o
.
estou no limbo
por escrever...
O
o
.
.

segunda-feira, abril 12, 2004

Encruzilhadas de mim

Quem por mim passa, sempre arranca um pedaço
E me deixa leve, cheia de rosas no regaço
Retalhada, como a capa de um estudante,
O meu corpo conta histórias, troca histórias
Sobram livros por narrar, todas elas de encantar!
E volto ao mesmo ponto da estrada
Renovada, nova bicada
E como a cicatriz regenera o uno
Assim eu me ofereço nova, maior
Para pecado bem melhor!

Só quem morre em cada entrega
Recebe a vida - não a nega
Renova o norte, a sorte
Dilata, cresce, navega!

Se fosse...

... pronome, demonstrativo
... verbo, transitivo
... animal, ave
marinha
sem tecto
só descansar na escarpa da rocha

sexta-feira, abril 09, 2004

rip rap

o rip rap rápido
de olhar e fazer

troca no rip rap
de fazer e olhar

rap
agonia, apaga-se a luz

rip
o vazio, pregado na cruz

| repeat | não sabem o que fazem

quinta-feira, abril 08, 2004

TALVEZ

Talvez
fosse mais fácil
erguer barricadas de fumo em luzes rosa ou madrepérola
polvilhar de sons acre e cheiros de colónias frescas
este bar qualquer de qualquer doca
só para se dizer que se está com a corrente estética
e que se é perito em não-sei-quê que os outros não
Talvez
não tivesse nenhuma piada
reconhecermo-nos na forma que temos
sem desejar o além que não nos encerra
como insistir em pintar de cores berrantes
um qualquer quadro que não vendemos
Talvez que até não fosse chato
sermos iguais aos outros a escolher gravatas
a arrumar na arca projectos infecundados e só escrever prosas flácidas
e embrulhar em alfazema o linho que hoje tecemos
com medo de fiar comida para traças
Talvez
até fosse correcto
beber maresia a horas certas pelo medo de congestões
falar dos outros invejando-lhes o ócio de fazer nada
e adormecer regalados de tanto cansaço
por enquanto não é mau pensar bem e pensar mal de tudo
é um luxo pouco dispendioso e fica-me bem com a cor dos olhos
acho mesmo que não me quero espreguiçar sem fazer barulho
ou não mascar pastilha elástica só por causa dos dentes
Talvez
fosse mesmo mais fácil
se não fossemos poetas - deve ser isso
entretanto levantamos as saias e saltamos riachos
e fazemos amor-na-praça-pública sem salas de cinema
porque não tomamos o mundo em doses a pensar na linha
entretanto aqui não se faz tarde
ainda temos tinta e vontade suficientes para nos limparmos
das teias que não deixámos segregar
por enquanto
Talvez
não fosse patético
continuar a intentar poemas
e deixar a seiva das palavras inundar os odres
das cavernas que a vida lentamente nos ocou

quarta-feira, abril 07, 2004

O grito

Exorcizar dando a mão à loucura de Erasmo
Confessar que se viveu, como Neruda
Reabrir a boca, na alegria do pasmo
Fiar memórias sem pudor, desnuda

... o grito

Sentar-se à mesa em banquete, com Platão
Mimetizar a essência, pela mão de Coleridge
Silenciar o desencanto que se afaga com a mão
Repescar passados e relançá-los no hoje

... o grito

Embrulhar em poesia as razões de Kant
Desconfiar do que resultou da crença de Nitzsche
Lançar os passos e os braços p'ra universo mais distante
Não encontrar o seu nome apenas na estatística

... o grito

Voar longitudes desenhando futuros com Da Vinci
Sonhar-se heterónimo, plural, sinónimo - capice?
Reerguer-se na dúvida se será Ecce Omo
Requebrar-se no samba e redobrar no polinómio

... o grito

Deitada, projectar velocidades quânticas
Pedir dos outros sabedorias tântricas
Renascer na surpresa da vontade ancorada
De querer tudo, mas saber nada

... o grito


O grito que me leva ao grito
É o mesmo grito que me leva ao torpor
E me envolve em torpor
Sempre que de novo se solta o grito

segunda-feira, abril 05, 2004

snap-shot

imagens disparadas em flASHes
como rajadas de m.e.t.r.a.l.h.a.d.o.r.a
rotação de câmara e CLOse-up no corte da carne
na gota de sangue que engroSSA
escorre no ecrã, avassala, invade
e eu sem força
gesto|preso|no|enfarte|fecho|os|olhos|
barro a entrada \|
mas as imagens perpetuam-se
ALASTRAM no som e trespassam os ouvidos
enfiam-me os dedos, cérebro adentro, ALASTRAM, devassam
nos olhos, o sangue, contraído_pelo_aperto_das_pálpebras_
irrompe, invade, engrossa
escorre em ritmo de CATar at a
e imparável, indomável, inunda-me o peito
violação dos sentidos
estou em charco
já sou poça

(para quando Ressurreição?)

Flechar morangos

morango de abril
a vida em esplanada
vermelho que tinge os dentes na dentada

o morango cravo
sentado na gê três
o branco da garça sobrevoa o menino - não vês?

domingo, abril 04, 2004

Beijaflor no meu umbigo

(free your heart; your eyes will follow)

os olhos rasos de sol
a língua encharcada de sal
quero-te na ponta dos meus dedos
inteiro
... e derramar

sábado, abril 03, 2004

Pacote

Fim de semana para duas pessoas, tudo incluído, porque eu mereço
Corpos danone, porque branco mais branco não há
Às quatro e meia, na hora light, porque size matters
E faz poc, como se tivesse sido acabadinho de colher da horta
E ainda dizem que boch não é brom
Devolve-nos à infância, aquele cheirinho da roupa acabada de lavar
E quando você se sente belo, acham-no mais belo
Esta semana, a vida reservou-lhe um jackpot
Uns têm, outros não
Faça-se o que se fizer, vá-se para fora, cá dentro
A quem me visita, o sol da minha simpatia
Porque eu quero consumir
Porque eu mereço

sexta-feira, abril 02, 2004

Fading

Insolente irrompe o mar num grito de expressão
Em policromias de movimento e imensidão
A revolver gradações de azul, que julga suas
Ignorando-se filtro de luz, espelho de luas
Espreguiça-se sobre a areia e empurra o céu com as costas
Sacode a espuma e suas mãos são rotas
Rebola e serpenteia, redemoinha a fina areia
Impávida e altaneira a rocha a tudo assiste
Sagaz - como padrão em forma de cruz
Sabe que o vai e vem é tudo o que existe
Sabe que o tempo tudo produz
Tantas marés por si passaram
Tantos destinos lá se afogaram
Só a esperança dos homens ainda persiste
Em recriar céus de luas cheias
Pejados de sereias a brilhar na luz
E o ritual das ondas vem chibatar a rocha
Desmesurado ímpeto de água em vem
Para logo em desmaio recuar, água em vai
Infligindo gemidos a cada investida
A gargalhar cascatas na rocha destemida
Arrepio dulcíssimo num fio de tempo
Solto em tropel, preso em momento
Como as mediterrâneas falésias ajoujadas
Em exuberâncias de sal - gordas e fartas

O sol em ocaso a mergulhar no mar, em grande plano
E a acender-se em alvorada no meu oceano

quinta-feira, abril 01, 2004

Tábuas

Não maquilharás comportamentos
Não tomarás a vida em doses recomendadas
Não te darás na proporção da capacidade do outro
Não terás pudores
Não te darás em formato de esmola
Não definharás parando na projecção
Não usurparás sentimentos
Não aceitarás menoridades
Não renunciarás ao desafio
Não te perderás na babilónia