Teu colo
Fora de controlo
Necessidade urgente de colo
Não de colos - do teu colo
Fogo fátuo, chama que se espalha e que mata
Riscar de fósforo imediata, que nasce na cabeça e logo alastra
Estocada em palavras - nefastas, vagabundas, elásticas
Espreguiçar dentro de corpos, alastrar p'ra lá dos portos
Ritmo espacial - que faz mal - já não me queixo
Vai e vem, vem e vai, demora-te - que eu deixo
Boca aberta, suor que liberta
Rodopio de baloiço, sentimento em alvoroço
Imersão morna que logo se transforma
Em estrépito de golfadas - correr em rajadas
Disparada em galope, a rasgar esplanadas
Dá-me a mão, não peças nada
Sou poalha que se esvai - sou quase nada
Fragmentos dispersos, gemidos soltos nos teus convexos
Endemoninhados em tropel no pó da estrada
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