- Indiferente!
Agita-se o tecto do silêncio.
As palavras ressoam mudas,
Independentes do movimento dos lábios.
- Indiferentes!
Desengane-se quem olhar para o Tempo
E nele vir mais que simples medidor!...
Os segundos pingam, sem urgência
Adensam-se formando horas, dias
Não importa se cheias, se vazias
Que o caminho é para a frente! Sem qualquer pudor!
Os ponteiros não param e deixam a tracejado
O espectro do percurso trilhado ou por estrear
Como rastro de escrita presente ou ausente
- Indiferente!
O Tempo sucede ao tempo
Com o imperturbável rigor da rigidez repetida
Alertando que o Tempo é irrepetível.
- Indiferente!
(Cerze-se sempre lírio e restolho.)
E lá fora, o vento não se distrai!
Persegue, abana e fustiga o robusto bambuzal.
- Indiferente ou igual!
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