Elos
Viajo cruzeiros, peregrino rotas,
Mas sempre descruzo os braços
E as mãos vão soltas.
O destino reúne a partida.
Aporto inteira ao cais
Vinda das voltas da vida.
Enliçadas na bagagem
Vão sempre as memórias
A rojo as transporto.
Pesam-me mas pertencem-me
E já nem noto.
Algumas nem as desdobro
Andam de cá p’ra lá coladas ao forro.
Por isso sei que nunca me aparto;
O que fui, lança o que sou!
Sou assim,
Vou deixando elos de mim
Enlaçados a tudo o que faço.
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