CARNE, RIO E ALVORADA
Como a carne deste poema
- Misto de sangue e nervos,
Paixão e devoção,
Rio e nascente –
Os hinos gritam ternura
Rompem as silhuetas cruzadas
De fumo e álcool, pão quente.
Em corpo faminto
Vinho novo, boca ardente.
Na esquina aflita de betão e aço,
Como pedinte extasiado,
Bebo-te e como-te.
Oca de amor
Transbordo calor.
Aquece-te e queima-te no meu regaço.
Não trago nada nas mãos;
Apenas elas.
Vou tocar-te.
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