Nego tudo!
Tentem alcançar-me queda submissa
Presa pela perna a uma cadeira
No rosto a expressão cava de uma olheira
E eu
Nego tudo!
Quieta permaneço por preguiça
Nada movo nem por leve brincadeira
Séria rezo viro o terço viro freira
Verso-me eu e
Nego tudo!
Noutro modo verve é lança como liça
Redemoinho em quezília de guerreira
Verbo grado atiçado pela fogueira
E eu
Nego tudo!
Infla-me o peito o mal a dor mortiça
De te querer bem e mais que mais não queira
Esconjuro vil o amor brutal romeira
Verso-me eu e
Nego tudo!
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