Branco. Silenciosamente branco.
Vinha agarrar em palavras
Coser-lhes missangas, mesclá-las
Para vos falar de natal
Seriam nobres mensagens
Altivas, densas imagens
Plenas de esperança afinal
Porém, parei ainda a tempo
Não sei trocar o meu lamento
Por frases compostas de cal
O meu branco é puro e portanto
Nada tem que vos traga o encanto
Que se entoe num canto banal
O meu soa tão mudo de falas
Roça um mundo tão parco de graças
Que só do silêncio é rival
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