Álibi
Na clausura da memória
O enredo de uma história
Espera inerte por contar
Por viver todo esse espaço
Provoca mais embaraço
Por não se poder lembrar
Mas artífice sempre inventa
Escassa seja a ferramenta
Que a matéria a trabalhar
Se transformará em peça
Se depender a tarefa
Da mão que a pode moldar
Quem a vê nem adivinha
Que nasceu quase sozinha
Da vontade do autor
Assim é com certas vidas
Embora sejam vividas
Sob o álibi do amor
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