nada a declarar
mostro-te as veias
no limite das palavras
sem trajecto de falas.
dizer nada
fazer nada
para que tudo saibas.
arar caminhos
sem frases padronizadas.
ver-te chegar
sem afluente de verdades
estereotipadas.
o teu olhar é o morfema
que traz caladas
as mentiras de outros dias
que não cabem
na arquitectura singular
destas palavras.
as veias rotas
as mãos rasgadas
mínimo gesto e convocas enxurradas.
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