Exortação
Vamos fingir
Fazer de conta
Que o nosso bocado de tecto
Tem frescos magníficos sem marcas de insecto
Vamos ampliar
As abóbadas do céu da boca
E ecoar espasmos lindos de deixar a voz rouca
Façamos a sério
Tudo o que encerra ganas, virtude e mistério
Sem filigranas de gestos barrocos com vício de tédio
Já sabemos
Agonizar sem espantos
Que o ócio é negócio judeu sem retorno
E o tempo urge se se sente sem dono
Façamos amor amando
Em excessos de arte
Até ao enfarte
Que desperdiço tempo se o momento não for amar-te
Sem comentários:
Enviar um comentário