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sexta-feira, maio 30, 2008

ser poeta


sai o verbo das gramáticas
quando lido
e ganha novos sentidos
como quando
destes dedos
a vontade se desprende
e a verbo rende
esbaforidos
cada um e todos
os mais recônditos sentidos
frase a frase
letra a letra
sem ponto ou vírgula que submeta
limite ou pausa
e ensaie sôfrego
o impulso solto
de pela escrita o escravizar
a uma vontade incontrolada
de ser palavra
a correr louca
pára se alcança o orgasmo
o espasmo
de ser poema em tua boca

1 comentário:

Anónimo disse...

moça, que poema magnífico!
e eu ausente daqui ( e da net..)
vou roubá-lo, viu?

beijo-beijo!