Agora
eventualmente retorno
à vida que suspendi por tédio, por destempo
em rés-migalha. quando se catam minutos
e se colam a um mostrador, rodam ponteiros
no sentido dos ponteiros mas nunca - nunca! -
no sentido do amor. a dor aprende-se
de cor, ajeita-se ao seio e suga, suga
o vazio, no tique ganho que gasta
até mesmo o que não há.
diverte-se aquele
para quem as horas são um jogo
de movimento, brincadeira entre ponteiros
que se encontram uma vez por hora.
o maior tapa o pequeno e lemos
hora-e-minutos mesmo quando
o braço grande é o que tapa o da hora…
pela vida fora, como se pára a ideia
se nunca pára o agora?
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