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segunda-feira, outubro 17, 2005

de a querer dizer

Se houvesse um tipo de felicidade
que se pudesse dizer
sem se perder tão depressa
ao ponto em que perdê-la
não tivesse qualquer importância…
A felicidade
quando importa dói.
Quase tanto quanto a impotência
de a querer dizer presente
e só se ler distância.
Retida numa mão a guardo enquanto
a outra espreita
a ocasião da troca pelo vazio abstracto
da verosimilhança.

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