poema amassado
ter um poema amassado
no bolso
para um dia-exaustão
alisar-lhe os vincos
afagá-lo com a mão
está quente o poema
do aconchego do bolso
ah doce abandono...
o conforto que é ter-te
inerte e indolente
anichado encostado
à palma da mão
tenho um poema amassado
no bolso
amuleto escondido
que trago comigo
num sossego-alvoroço
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