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quinta-feira, agosto 19, 2004

Morre-se, pois!

Morre-se, pois!
Na hora dos mal-amados
No bulício desenfreado
Das bocas na dobra dos braços
Que dizem não ser capaz
E mais
No grito que escapa
Que ensurdece na escarpa
Quando ecoa e ribomba
E desvia o norte à pomba
E faz do homem rapaz

Morre-se, pois!
A meio do caminho
Trocando amor por carinho
Com medo do nunca mais
E mais
Na fuga já sem retorno
No nó anichado no estômago
Que priva de saborear
As policromias de amar

Morre-se, pois!
E revive-se sem vontade
Sabendo com toda a verdade
Que o chamamento é maior
Ainda que fosse melhor
Deixar o barco ancorado

E mais
Soltam-se amarras do cais
Sempre e Nunca?
Nunca mais!

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