As pontes do amor
Ah!
Poder chamar-te a mim
Sem medo algum de perder-te…
Repaginava os dias
Lambendo as pontas dos dedos
Ah!
O tempo
O dos beijos suaves
Aquele em que fomos milagres
Susteve-nos a meio da ponte
(...)
Soubeste que a tinham alargado?
Sim! Ruíu-lhe uma trave de lado
Chamaram peritos, houve inquérito a aflitos
O tal do processo foi analisado
Nas pontes, parar, avaria os sensores!
Imagina: engenheiros, técnicos; todos dotores
Não consideraram que houvesse amores
Nas pontes, sem fim destinado…
(...)
Se há pontes, amor, transitemos
Parados no amor viajemos
A ponte do amor é maior
Se no sonho do amor, meu amor,
Não tivermos parado