tem_de
o poeta tem um animal de
estimação, um lugar que se enche de
ácaros, uma mancha de
luz, que entra pela janela de
sacada e se enodoa no tapete trazido de
um país que visitou numas férias.
o poeta tem provas de
existência, usa um nome de
baptismo sem relevância.
o poeta conversa, come comida de
lata com o prazo decalcado por letras de
um carimbo que o atesta.
o poeta dorme a sesta.
sempre que o poeta tem, há um de
que o comprova.
pela escrita o revoga.
Sem comentários:
Enviar um comentário