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quinta-feira, julho 14, 2005

Janela

O meu nome existe quando o
proferes. Só existo
quando me nomeias. Dito assim
na tua boca o meu nome
soa a pessoa construída.
Desvacilo em esferas
errantes por dentro do vácuo
anónimo da inexistência. Faz sentido
o corpo aos gritos; a geometria
da carne e nervos - e o céu é maior
do que o rectângulo em que
o capto
aqui da minha pequena janela.
Tudo existe. O meu nome existe
dentro do aro dos teus lábios - é maior
o meu nome quando o proferes
fica o céu pendurado
não há aro nem janela.

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