EVA MULHER
Esses teus olhos indiscretos
Tão cheios de malícia incontrita
Fome e sede de maçãs proibidas
Lembram-me a eva que não sou
Mas a serpente que envenena
Do adão que habita em mim
Ficou-me preso o caroço
Das palavras o peso
Que sufoco
Olhas-me inquisidoramente
Sedento do amor inexplicado
Faminto da mágoa em que me banho
Inundas-me de amor
E eu chafurdo em pecado
E adormeço feliz
Neste corpo podre de eva
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