Identidade
| a humanidade espelha transversalmente o que a une, pela semelhança. porém, só se valida se acentuar a diferença. | mjm
Ser-se a antítese de si mesmo
Negando ao outro a redenção
Pelo reconhecimento
Retira a confiança do crente -
A paz em que espelha cansados os olhos
No espelho dos meus, reciclados escolhos -
Logra tranquilizar-se por se ter achado
Refractado em partículas que lesto absorve;
Mas já nada devolve
O que faz ser-se humano
[
Se quem me precisa é um outro sujeito
E se em tese de outro outro num outro preciso
Precisa serei por esse outro pelo engano
Que em mim acha o que de mim precisa
Sem em mim reparar que por síntese ou encanto
Preciso é precisar o que é desumano
]
Passo a água na cara
A água no corpo; a água no leito
Limpo da vida resquícios de mágoa
Trajectos que a alma errou desajeito
Sagaz embacio reflexos que espelhem
Este loudaçal que se espalha pelo peito
Sem haver outro jeito; sem ver outro jeito
Sem jeito de um dia conseguir esconder
O que degenera num crime perfeito
4 comentários:
Diria tudo de novo, mas vc já sabe o que eu disse, não é? ;)
Beijos muitos, viu?
E lavará a água tudo o que a Vida faz de nós, a identidade que pouco a pouco assumimos, perante os outros?
Excelente poema, cuja interpretação fica ao gosto de cada um...
Um abraço e grata pela partilha ;)
Um beijo grande para ti, miúda!
ó caraças de mulher, minha linda, há quanto tempo, saudades...
beijos na boca
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