Construções
Começou pelo fim feito deserto máximo
Fechou-se no seu quarto feito eremita rústico
E a cada dedilhada na guitarra acústica
O som embrionário se escondia opiácio
Vibrando entre dedos de ossos vetustos
Como se a eternidade fosse feita de plástico
E o seu desejo vário variasse em mono
Cercou-se de instrumentos de derrame inválido
Sorrisos comprimidos em dádivas últimas
Como se o seu destino fosse ser seu hóspede
Nasceu de mil bocados em alicerces torpes
A voz bem recolhida em colcheias de barro
Na música aflorando pedaços de escrita
A pele a vibrar sons sem nexo de consolo
Retornando ao embrião que gera sonhos cálidos
Caíu na encruzilhada dos desejos bárbaros
O amor era o corsário desses desejos vários
Começou pelo fim feito derrame inválido
Fechou-se no seu quarto feito um opiácio
E a cada dedilhada na guitarra de barro
O som embrionário se escondia cálido
Vibrando entre dedos de ossos acústicos
Como se a eternidade fosse feita de dádivas
E o seu desejo vário variasse em sonhos
Cercou-se de instrumentos eremitas rústicos
Sorrisos comprimidos em dádivas torpes
Como se o embrião gerasse sonhos bárbaros
Nasceu de mil bocados em alicerces plásticos
A voz bem recolhida em desertos últimos
Na música aflorando pedaços de mono
A pele a vibrar sons sem nenhum nexo máximo
Retornando ao embrião que gera corsários
Caíu na encruzilhada dos desejos vários
O amor era uma espécie de consolo hóspede
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(contraponto ao Construção, Chico Buarque)